Se alguém conseguiu falar magistralmente do índio
brasileiro, esse alguém foi Antônio Gonçalves Dias, poeta maranhense
(Caxias a 10 de agosto de 1823 — Guimarães, 3 de novembro de 1864) que se
orgulhava de ser filho de português com mulher cafuza. Tinha, portanto, sangue
branco, negro e índio, a mescla étnica que domina a formação cultural
brasileira. José de Alencar, escritor seu contemporâneo e, também como
ele, retratista da formação da nacionalidade, afirmou que “Gonçalves Dias é o
poeta nacional por excelência: ninguém lhe disputa na opulência da imaginação,
no fino lavor do verso, no conhecimento da natureza brasileira e dos seus
costumes selvagens”. Embora cantasse a bravura do índio, ele também lamentava o
recolhimento físico e cultural do povo indígena.
Deixou muitas obras indianistas, dentro do
romantismo que abraçou como conceito literário de sua época. Em homenagem ao Dia do Índio, que se comemora a 19 de abril.
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